quinta-feira, 30 de maio de 2013

DIFERENTES, GRAÇAS A DEUS



Um dia desses, conversando com alguns conhecidos, um deles disse: “evangélicos, somos todos nós! Pois a maioria das religiões segue os ensinamentos transmitidos nos Evangelhos”. E, na verdade, é realmente assim. A diferença está apenas na interpretação e na vivência de cada uma delas. Nós somos seres criados à imagem e semelhança de Deus, e não nos damos conta de que “à sua imagem e semelhança” fomos criados com inúmeras diferenças entre nós. Alguns de nós são brancos, outros são negros, outra parte tem a cor da pele amarela, outros vermelha, cada um nasce em uma região, com hábitos, costumes e até mesmo condições naturais diferentes entre si. Em alguns lugares o clima é quente, a vegetação é tropical e as pessoas têm por hábito andar vestidas com poucas roupas, com o corpo mais à mostra. Em outros locais o clima é mais frio e as pessoas tendem a ser mais fechadas, andar mais vestidas, com o corpo todo encoberto para melhor se aquecerem. Em alguns países as mulheres não podem mostrar seus rostos e utilizam véus e outros acessórios para os encobrir, não podem trabalhar, os casamentos são arranjados.

Como seres humanos, dotados de inteligência, de raciocínio, podemos e devemos fazer uma analogia para melhor compreender que as diferenças foram estabelecidas por Deus desde a nossa criação. Pois Deus está em tudo e em todos. As raças são diferentes, as etnias são diferentes, os países, as regiões, os climas, as vegetações, os animais, são todos diferentes. E se tudo e todos somos criados por Deus, devemos compreender que a própria diferença faz parte de toda a criação divina. Se Deus criou tantas coisas e pessoas diferentes, quem somos nós para querer impor as nossas opiniões, as nossas idéias e religiões uns aos outros. Deus nos criou à sua imagem e semelhança, Deus nos criou com inúmeras diferenças entre nós, então, podemos entender que Deus não exige de nós a obrigatoriedade de sermos exatamente iguais, não exige que tenhamos pensamentos, sentimentos, atos e atitudes exatamente iguais. Deus não impôs a religião no mundo mas, sim,  permitiu que a religiosidade surgisse no íntimo de cada um de nós e se manifestasse de acordo com os nossos pensamentos e sentimentos mais íntimos. Porque todos nós amamos nossos pais, nossas mães, nossas esposas, maridos, filhos, familiares e amigos, mas cada um de nós ama a seu modo e demonstra esse amor à sua maneira. Da mesma forma, cada um de nós ama a Deus do seu modo e demonstra esse amor à sua maneira. Quem somos nós, tão diferentes uns dos outros, para querer que todas as pessoas amem a Deus e manifestem esse amor da mesma forma que nós pensamos que deve ser?

As pessoas são livres, os seres são livres, nossos sentimentos e nossa religiosidade apenas a cada um de nós pertence. Se a minha fé se manifesta dentro de uma igreja católica, dentro de um centro kardecista, de um terreiro de Umbanda ou de um templo budista, apenas a mim e a Deus importa. Nós temos a liberdade de manifestar o nosso amor por Deus da forma que nos seja mais forte e mais sincera à Deus. E somente Ele pode julgar se O estamos amando com a sinceridade e a intensidade necessárias. Você ama a sua família de forma adequada? Você manifesta esse amor com a intensidade necessária? Não, você não pode responder a essas perguntas porque você não sabe a resposta. Você pode pensar que sim mas, na verdade, só quem vai saber é quem está recebendo esse seu amor. Só nesse pequeno exercício, nós já vamos encontrar inúmeras diferenças porque cada um acha que ama e manifesta seu amor da melhor maneira mas nem sempre aquele que recebe esse amor está plenamente satisfeito com a sua forma de manifestação.

Somos diferentes, graças a Deus, graças a Sua Criação. Então, devemos RESPEITAR as nossas diferenças, as inúmeras formas e meios de manifestarmos o nosso amor a Deus e a nossa religiosidade.

A igreja é Católica Apostólica Romana, mas Jesus não era Judeu!?
Qual é o problema nisso? Eu, não vejo nenhum. Mas há quem veja problemas na religião dos outros, há quem julga a religião e a religiosidade dos outros. E o pior, julgam em nome de Deus. E Ele deu essa permissão? Ele passou essa procuração aos homens para julgar os seus próprios irmãos? Não. Deus não deu procuração a nenhum ser humano para realizar a Justiça Divina em Seu nome. Deus está no Alto, acima de todos nós. Vistos lá do Alto, por Deus, somos todos iguais. Somos todos seres humanos querendo impor nossos pensamentos e nossas vontades uns aos outros o tempo todo. Vamos fazer uma reflexão sobre isso, vamos nos observar no dia a dia e identificar todos os momentos, todos os instantes, em que nos vemos forçando nossas idéias e opiniões às outras pessoas. E, pode ter certeza, que você vai se ver agindo dessa forma em sua casa com a sua família, no seu trabalho com os seus colegas, no seu círculo de amizades, na sua comunidade, no seu condomínio com seus vizinhos e, claro, na sua igreja, centro ou templo espiritual.

Há um ditado tão antigo quanto as próprias escrituras, tão antigo quanto os próprios ensinamentos de Jesus Cristo, que diz que todos os caminhos levam ao Pai (a Deus). Sim, todos os caminhos levam a Deus, sejam eles certos ou errados aos nossos olhos humanos, aos nossos julgamentos. Jesus disse: “aquele que não tiver pecados que atire a primeira pedra”, ou seja, ele nos lembrou que todos nós temos pecados, que todos nós temos defeitos, que estamos aqui para aprender e para evoluir, mas insistimos em atirar pedras uns nos outros porque somos intolerantes às nossas diferenças.

A igreja católica interpreta as escrituras à sua maneira, os evangélicos têm seus pontos de vista e as suas verdades, assim como o espiritismo também tem a sua própria interpretação da Bíblia, e o mesmo acontece com inúmeras outras religiões em várias partes do mundo. Jesus era Judeu e, na época, foi extremamente criticado por trazer novas idéias e novas interpretações para as escrituras que sua antiga religião pregava. Por pensar DIFERENTE, por sentir DIFERENTE, por dizer que SE COMUNICAVA COM DEUS, foi torturado e crucificado. Jesus foi assassinado na Cruz por pregar a sua FÉ de forma DIFERENTE dos sacerdotes da época. E hoje, mais de 2 mil anos depois, mesmo lendo e relendo a sua estória e os seus ensinamentos, não temos a capacidade de entender que devemos RESPEITAR AS DIFERENÇAS, aqueles que PENSAM, SENTEM E VIVEM DE MODO DIFERENTE DE NÓS. Considero que, principalmente, aqueles religiosos que lêem e relêem a Bíblia e as Sagradas Escrituras constantemente devem refletir sobre isto. Devem pensar muito bem e analisar as suas posturas diante daqueles que têm uma visão diferente das suas e que são constantemente criticados por isso. Jesus por ser DIFERENTE morreu na Cruz. Hoje sabemos que Jesus era o filho de Deus, o filho criado à Sua imagem e semelhança, que pensava e agia DIFERENTE dos demais e que fora enviado por Deus, para através de sua DIFERENÇA dos sacerdotes da época nos ensinar a amar ao PAI e nos salvar.

Errar é humano, persistir no erro é IGNORÂNCIA!

SENZALA DE UMBANDA

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